Na tarde da segunda-feira (03/11), Roberto Setubal, presidente executivo do Itaú Unibanco Holding S.A., e Pedro Moreira Salles, presidente do conselho administrativo, afirmaram que apesar da fusão das instituições financeiras, por enquanto não haverá mudança nos logos e slogans das marcas.
“São duas marcas fortes de duas empresas fortes. É muito cedo para falarmos de mudanças. Primeiro, é preciso o Conselho [Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica] aprovar a fusão para somente depois analisarmos essa questão de marcas”, afirmou Setubal.
Pesquisas junto ao consumidor serão feitas para saber como trabalhar as marcas daqui para frente. “A nova comunicação será fruto de pesquisa e análises de mercado”, disse Salles.
Com relação às agências de publicidade que atualmente atendem os bancos – a DM9DDB, DPZ e Africa atendem o Itaú, enquanto a F/Nazca S&S cria para o Unibanco – Setubal e Salles afirmaram que não haverá nenhuma mudança no momento. “Ficaremos com as quatro agências”, disseram.
“Foi uma surpresa para todos. Eles administraram a fusão com uma habilidade fora do comum. Ainda não sabemos como será. O Roberto [Setubal] é quem vai decidir”, comentou Roberto Duailibi, sócio-fundador da DPZ.
Também surpreso com a fusão, Márcio Santoro, vice-presidente da Africa, falou que vai aguardar para saber se a agência continuará atendendo a holding. “Estou surpreso e vim nessa coletiva como expectador para entender essa fusão. Agora, vamos aguardar”, disse.
Mas até março do próximo ano, segundo Antonio Jacinto Matias, vice-presidente do Itaú, as agências poderão ficar tranqüilas porque não haverá nenhuma mudança. “A primeira decisão será manter as quatro agências de publicidade. Com relação ao logo e slogan, vamos esperar os estudos de mercado porque não faz sentido antecipar. Tem que ser feito de forma natural. E acredito que no primeiro semestre do próximo ano teremos um diálogo sobre a nova comunicação da holding”, explicou Matias.
Já as marcas pertencentes aos bancos, Setubal disse que é preciso aguardar para saber quais marcas permanecerão e como serão trabalhadas. “Vamos continuar com a segmentação, mas vamos estudar a questão das marcas. Primeiro, temos que entender como o consumidor as valoriza. Algumas competem entre si. E será por meio de pesquisas e análises que vamos determinar quais serão trabalhadas em um segmento e quais em outros segmentos. Mas vamos implementar aquilo que for melhor para a instituição”.
Após um ano de negociação silenciosa, disseram que o objetivo é que daqui a cinco anos o Itaú Unibanco ser um player global. A holding já nasce sendo a 17ª maior empresa financeira do mundo com um patrimônio líquido de R$ 52 bilhões. Ambos também afirmaram que não haverá programa de demissão e as agências bancárias serão somadas. “Não há porque buscar ganho adicional fechando as agências que, somadas, são quase quatro mil. Queremos ser uma companhia mais robusta e rentável”, afirmou Salles.
Apesar da crise econômica mundial, Setubal e Salles estão otimistas com relação ao crescimento do País e por isso, resolveram firmar a fusão agora. “Este é um momento único no Brasil. Estamos muito otimistas. E não faríamos essa transação, deste tamanho, se estivéssemos com medo”, comentou Setubal que aposta no crescimento da economia brasileira para o próximo ano em torno de 3%. “Acredito que em 2010 podemos crescer até 4%”, disse.
Maria Fernanda Malozzi
Propaganda e Marketing
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